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Blog voltado a Cultura, Inovação e o Empreendedorismo onde o repórter, Eloy Figueiredo deixará o leitor antenado com o momento e as tendências.

Cientistas de Stanford revertem sintomas do Autismo em estudo com camundongos

Pesquisa identifica região do cérebro ligada à hipersensibilidade e melhora social nos animais
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Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiram reverter sintomas de autismo em camundongos ao atuar sobre uma área específica do cérebro: o núcleo reticular do tálamo, região associada à hipersensibilidade e às dificuldades de interação social.

O estudo, ainda em fase inicial, utilizou técnicas de neuromodulação e uma droga experimental chamada Z944, originalmente investigada para o tratamento da epilepsia. A combinação reduziu a hiperatividade dessa região cerebral, levando à diminuição de comportamentos repetitivos e a uma melhora nas habilidades sociais dos animais.

Foto: DivulgaçãoCientistas de Stanford revertem sintomas de autismo em estudo com camundongos

Segundo os cientistas, o núcleo reticular do tálamo funciona como um “filtro sensorial” do cérebro, controlando o fluxo de informações que chegam à consciência. Nos casos de autismo, esse filtro estaria excessivamente ativo, o que pode explicar sintomas como a hipersensibilidade a sons, luzes e estímulos sociais.

Com o uso da neuromodulação e do medicamento, os pesquisadores observaram que os camundongos apresentaram respostas mais equilibradas aos estímulos e maior interação entre si.

Foto: Gemini - GoogleO estudo, ainda em fase inicial, utilizou técnicas de neuromodulação e uma droga experimental chamada Z944
O estudo, ainda em fase inicial, utilizou técnicas de neuromodulação e uma droga experimental chamada Z944

Apesar dos resultados animadores, os cientistas reforçam que o trabalho ainda se encontra em fase experimental, restrito a modelos animais, e que são necessários muitos estudos antes de qualquer aplicação em humanos.

Os achados, no entanto, representam um avanço importante na compreensão das bases neurológicas do autismo e indicam um caminho promissor para terapias mais específicas, que atuem diretamente nas causas cerebrais do transtorno — sem recorrer a abordagens generalizadas ou medicamentos de efeito amplo.

“Não é uma cura, mas um passo significativo para entender o cérebro autista e buscar intervenções mais precisas”, ressaltaram os autores do estudo.

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