Corrente terá Centro Especializado para atender pessoas com Autismo
Obra está sendo executada pela Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid)A cidade de Corrente receberá, até o fim deste ano, o quarto Centro Especializado de Reabilitação do Piauí. O anúncio foi feito pelo governador Rafael Fonteles, que visitou a obra nesta quarta-feira (16), executada pela Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid). Estão sendo aplicados R$ 5,6 milhões, com recursos do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Novo Viver sem Limite.
A previsão é que o centro, que funcionará na Rua João Lustosa Elvas, bairro Nova Corrente, possa atender 400 usuários por mês, entre pessoas com deficiência física e deficiência intelectual, contemplando o Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Estamos descentralizando o atendimento no extremo-sul. Essa obra já está 35% executada e vai atender pessoas com deficiência intelectual, autismo, deficiência visual. Então, todos os 11 municípios do entorno serão referenciados para cá. Estamos a 900 km da capital. Imagine uma pessoa que precisa fazer as terapias, fisioterapias, e precisa se deslocar para Teresina”, destacou o governador.

Atualmente, os centros de reabilitação estão localizados em Teresina, Parnaíba e São João do Piauí. Além do de Corrente, que está em execução, o Governo do Estado projeta a construção de novas unidades em Uruçuí, Bom Jesus, Picos, São Raimundo Nonato e Campo Maior. Em Oeiras e Piripiri, os atendimentos são pactuados com as Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) locais. “Temos que ter 12 centros iguais a esses para garantir a reabilitação das pessoas com deficiência em todos os territórios do Estado”, afirmou Rafael Fonteles.
De acordo com o secretário Mauro Eduardo, da Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid), a descentralização permite que as pessoas com deficiência possam fazer seu acompanhamento próximo de casa. “A população não vai mais precisar se deslocar para Teresina ou Brasília. O tratamento de reabilitação é demorado, você precisa ir constantemente. E aqui a gente vai poder dar conforto a essas pessoas, para que elas possam fazer o tratamento aqui”, disse Mauro Eduardo.

A população revela que essa é uma obra muito aguardada. “Sou uma pessoa com deficiência visual, sou advogado e represento a Gerência de Acessibilidade. Estamos lutando por esse centro há muitos anos. Estamos agora com a demanda de crianças autistas para atender. As mães atípicas pedem profissionais e vamos poder atender agora”, comentou Apolo Louzeiro.

Fonte: Revista40graus e colaboradores