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MPF age para proteger o litoral do Piauí e recuperar área ambiental ameaçada

Ação pede demolição de construção irregular e restauração completa do ecossistema na Praia de Macapá
Redação
Foto: ReproduçãoDemolição de casa de paria no Macapá-PI
Demolição de casa de paria no Macapá-PI

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública para garantir a proteção do litoral piauiense. O órgão solicita a demolição de um imóvel construído de forma irregular na Praia de Macapá, em Luís Correia, e a recuperação integral da área afetada.

A casa, com cerca de 240 m², foi erguida em uma Área de Preservação Permanente (APP), às margens dos rios Cardoso e Camurupim, espaço essencial para o equilíbrio ambiental da região. Segundo o MPF, a construção causou a retirada de vegetação nativa, incluindo o mangue-de-botão, espécie protegida por lei e fundamental para a vida marinha e para a proteção natural do litoral.

Além da demolição e da remoção dos resíduos, o MPF pede que o proprietário seja responsabilizado pela elaboração de um Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), para restaurar a vegetação suprimida, e pelo pagamento de indenização por dano moral coletivo.

Laudos técnicos apresentados à Justiça apontam que a construção foi finalizada em 2020, mesmo após embargos ambientais que buscavam impedir a obra em área sensível pertencente à União e integrada à Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Parnaíba.

Na ação, o MPF defende que a intervenção irregular gerou danos ambientais significativos e que não há possibilidade de regularização, devido ao impacto causado e à localização em área protegida. Por isso, pede à Justiça Federal a demolição da estrutura, a desocupação do terreno e a recuperação total do ecossistema afetado.

O órgão também destacou que novas ações serão adotadas para impedir outras ocupações ilegais na Praia de Macapá, reafirmando o compromisso com a preservação ambiental e a proteção do patrimônio natural do Piauí.

Fonte: Revista40graus, MPF e colaboradores

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