R$ 6 bilhões, confete e promessas: agora falta o básico funcionar

Em duas sessões rápidas, a Câmara Municipal de Teresina aprovou, na manhã desta terça-feira (16), o orçamento de 2026, que soma respeitáveis R$ 6,05 bilhões em receitas. Entre cifras bilionárias e discursos otimistas, uma emenda chamou atenção: R$ 500 mil para o retorno do Carnaval de rua. Afinal, nada simboliza melhor a esperança do cidadão do que festa garantida — desde que o asfalto, a saúde e a escola acompanhem o ritmo.

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Câmara Municipal de Teresina

O texto sofreu poucas alterações, além do reforço de R$ 800 mil para adequações salariais de servidores municipais. Segundo os vereadores, prioridade segue sendo infraestrutura, saúde e educação. No papel, os números impressionam: cerca de R$ 400 milhões para mobilidade, drenagem e urbanização, incluindo obras como as galerias da Torquato Neto e São Pedro, a nova Ponte da UFPI, a Avenida Marginal Sul e a urbanização da Lagoa dos Oleiros — todas promessas que a população espera ver sair do discurso para a realidade.

Na área social, o orçamento reserva R$ 2,07 bilhões para a saúde e R$ 1,26 bilhão para a educação. Valores robustos, que agora carregam uma responsabilidade ainda maior: transformar números em atendimento digno, filas menores, salas de aula estruturadas e respeito ao cidadão que paga impostos.

O líder do prefeito na Câmara, Bruno Vilarinho (PRD), celebrou a aprovação tranquila e garantiu que a prefeitura terá condições de “entregar resultados positivos”. Já o vereador João Pereira (PT) destacou a emenda voltada à melhoria salarial de servidores que ganham abaixo de um salário mínimo, lembrando que dignidade também deveria ser item obrigatório no orçamento.

Pedro Alcântara (PP) reforçou que, apesar do orçamento “apertado”, foi possível contemplar Carnaval, servidores, saúde e educação, projetando um 2026 mais organizado fiscalmente. Agora, o texto segue para sanção do prefeito Silvio Mendes.

Com o orçamento aprovado, fica o recado das ruas: festa é bem-vinda, mas o cidadão quer mesmo é serviços públicos funcionando, obras concluídas e respeito diário — porque confete não tapa buraco, nem samba substitui atendimento de qualidade.