Semarh combate extração ilegal de rochas em Juazeiro do Piauí
Fiscalização flagra 17 trabalhadores em operação clandestina e interdita área de exploração mineralNo sertão do Piauí, a tranquilidade do município de Juazeiro deu lugar, nesta semana, a uma operação de fiscalização ambiental que revelou uma atividade clandestina de extração de rochas. A cena lembrava um canteiro de obras: 17 trabalhadores em plena atividade, britadeiras em operação e caminhões preparados para transportar toneladas de pedras destinadas à construção civil — inclusive ornamentais. Mas havia um detalhe fundamental: tudo acontecia sem autorização legal.
Foi a primeira grande ação de fiscalização ambiental contra extração de rocha ilegal deste ano no Estado, e o resultado foi contundente. Os auditores constataram que não havia qualquer licença emitida pelo órgão competente, requisito obrigatório para esse tipo de exploração mineral. A ausência da autorização configura infração administrativa grave.
Diante da irregularidade, a equipe lavrou Auto de Infração e emitiu Termo de Embargo, suspendendo imediatamente as atividades e interditando a área explorada. “Nosso objetivo é coibir práticas ilegais que provocam danos ambientais irreversíveis e responsabilizar aqueles que insistem em desrespeitar a legislação”, afirmou o auditor ambiental Eduardo Ganassoli, que esteve à frente da operação.
A extração irregular de rochas não é apenas um crime contra o meio ambiente — é também uma ameaça silenciosa ao equilíbrio ecológico e ao uso sustentável dos recursos naturais. Sem o devido controle, pode causar erosão, destruição de nascentes e comprometer ecossistemas inteiros.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Feliphe Araújo, destacou a importância da iniciativa. “Estamos ampliando as ações de fiscalização em todo o Piauí. O combate às irregularidades não tem apenas caráter punitivo, mas pedagógico: queremos mostrar que só é possível avançar no desenvolvimento quando ele caminha junto com a preservação ambiental”, afirmou.
A operação em Juazeiro do Piauí encerrou uma atividade que corria à margem da lei. O recado foi claro: sem licença, não há exploração. E o Estado promete intensificar a vigilância para que o patrimônio natural piauiense não seja transformado em mercadoria de forma ilegal.
Fonte: Semarh
