PF faz buscas contra Weverton Rocha em operação sobre fraudes no INSS
Investigação autorizada pelo STF prende secretário-executivo da Previdência e avança sobre esquema de descontos ilegaisA Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (18), buscas contra o senador Weverton Rocha (PDT-MA) no âmbito de uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura fraudes em descontos indevidos aplicados a aposentadorias e pensões do INSS. A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e incluiu 16 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão.
Entre os presos está Adroaldo da Cunha Portal, secretário-executivo do Ministério da Previdência Social e ex-assessor de Weverton Rocha, que ficará em prisão preventiva em regime domiciliar. Também foi detido Romeu Carvalho Antunes, filho do empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como um dos operadores do esquema investigado.
A residência do senador Weverton foi alvo de busca e apreensão, embora não tenha havido diligências em seu gabinete no Senado. Líder do PDT na Casa, o parlamentar passou a ser citado nas investigações após pessoas de seu entorno aparecerem vinculadas às apurações conduzidas pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Durante a CPI do INSS, o empresário conhecido como Careca do INSS afirmou ter participado de um churrasco na casa do senador, ocasião em que, segundo ele, teria tratado apenas de temas relacionados à regulação do mercado de cannabis, negando qualquer conversa sobre descontos em benefícios previdenciários. O empresário também declarou ter ido ao gabinete do senador em outras oportunidades, mas sem contato direto com o parlamentar.
As investigações apontam ainda a participação de ex-assessores ligados ao gabinete de Weverton, incluindo a assinatura de procurações bancárias que teriam facilitado a movimentação de recursos vinculados ao esquema fraudulento.
Até o momento, o gabinete do senador não se manifestou sobre a operação. A Polícia Federal informou que a ação ocorre em diversos estados e tem como objetivo aprofundar a apuração de crimes como estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa e ocultação de patrimônio — todos, naturalmente, ainda sob investigação.
Fonte: Revista40graus, mídias, PF, STF e colaboradores
