Manifestação em frente ao INSS denuncia cortes no BPC e critica MP
Manifestantes acusam governo de tentar retirar benefícios essenciais para PCDs
Uma manifestação contra a Medida Provisória (MP) 1.296/2025 aconteceu, nesta terça-feira (12), em frente ao prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) localizado na Rua Areolino de Abreu.
A MP busca realizar avaliações sociais do Benefício de Prestação Continuada (BPC) sob a justificativa da diminuição de gastos com pagamentos indevidos de benefícios.
A manifestante Thays Ceslestino, dona de casa e mãe de dois filhos autistas, criticou a medida por, segundo ela, provocar cortes injustos em benefícios essenciais e desrespeitar o direito das pessoas com deficiência.
“Essa MP traz revisões abusivas às famílias que se beneficiam do BPC - Loas. O autismo não tem cura, então para que avaliar de novo? Todo mundo levou todas as documentações necessárias. Pessoas cegas, deficientes auditivos, pessoas com microcefalia estão tendo o seu BPC cortado por causa dessa MP […] Essa medida vergonhosa está dando liberdade para a Previdência reavaliar pessoas com deficiência com o intuito de realizar cortes, desrespeitando a Lei da Pessoa com Deficiência […] Criaram essa MP justamente numa brecha para eles retirarem o nosso BPC, fazendo com que as mães fiquem mais angustiadas e depressivas. Nossos filhos vão ficar sem remédios, sem alimentação, sem roupa, sem ir para a escola, sem ir para a terapia porque vão perder o dinheiro, e a gente não vai ter como trabalhar. Essas reavaliações injustas e desnecessárias têm causado transtorno na comunidade das pessoas com deficiência. Tem pessoas que vêm de outras cidades, pegam ônibus, carro, e passam três horas dentro de um transporte para a criança ser reavaliada pelo INSS. Isso é um absurdo, é um retrocesso, é coisa de outro mundo. Desde dezembro de 2024 eles tentam aprovar uma lei, mas a gente conseguiu derrubar. A gente não vai parar” explicou Thays.
O Revista40graus deixa aberto o espaço para que o INSS esclareça pontos ou manifeste-se a respeito do caso via (86) 99850-1234.
Fonte: Revista40graus